quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Conheça os ministros de Dilma Rousseff

Por Carmen Munari e Hugo Bachega

SÃO PAULO (Reuters) - A presidente eleita Dilma Rousseff definiu nesta quarta-feira os últimos integrantes de sua equipe ministerial.

Dos 37 auxiliares, 17 são filiados ao PT, seis ao PMDB e dois ao PSB. O PP, o PDT, o PR e o PCdoB ficaram com uma pasta cada um. Há nove mulheres na equipe.

Veja abaixo os ministros do futuro governo que assume em 1o de janeiro:

* AGRICULTURA - Wagner Rossi (PMDB) - Fazendeiro de Ribeirão Preto (SP) com extensa carreira em cargos públicos, é formado em Direito pela USP com diversos cursos de pós-graduação, alguns no exterior. Foi deputado federal por três legislaturas e deputado estadual por duas em São Paulo, além de ter assumido diversas secretarias paulistas.

* BANCO CENTRAL - Alexandre Tombini - Funcionário do BC desde 1995, tem experiência no combate à inflação, mas terá que mostrar capacidade de resistir a pressões políticas. Aos 46 anos, trabalhou na formulação do regime de metas de inflação.

* CASA CIVIL - Antonio Palocci (PT) - Ex-ministro da Fazenda da gestão Lula (2003-2006), deixou a pasta sob escândalo e retorna como homem de bastidor que faz a ponte do governo com setores da economia. Na Fazenda, obteve a confiança do mercado financeiro pela austeridade com as contas públicas e na Casa Civil terá a função de coordenar as ações de governo. Tem 50 anos.

* CIDADES - Mário Negromonte (PP-BA) - Deputado e advogado de 60 anos, já pertenceu ao PMDB e PSDB. Va substituir Marcio Fortes, também do PP. Muito cobiçada, a pasta de Cidades, criada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003, é responsável pelo programa Minha Casa, Minha Vida.

* CIÊNCIA E TECNOLOGIA - Aloizio Mercadante (PT) - Economista e senador eleito com mais de 10 milhões de votos em 2002, saiu derrotado das eleições para o governo paulista em 2006 e 2010. Sem mandato a partir do ano que vem, foi contemplado com o ministério. Aos 56 anos, ensaiou deixar a liderança do PT no Senado para marcar sua insatisfação contra orientação da direção do partido pelo arquivamento de processos contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

* CULTURA - Ana de Hollanda - Irmã do compositor Chico Buarque de Hollanda, é atriz e cantora. Tem 62 anos e foi diretora do centro de música da Funarte. Ela estreou em 1964 em show musical no colégio Rio Branco, integrando o vocal Chico Buarque e As Quatro Mais, em SP. Após divulgação de seu nome para integrar ministério, postou no twitter que 'o desafio é enorme, mas nada que seja impossível para quem respira cultura'.

* COMUNICAÇÕES - Paulo Bernardo (PT) - Sem ter concluído curso universitário, o ex-bancário de 58 anos, eleito três vezes deputado federal pelo Paraná, direcionou sua vida política a assuntos relacionados a finanças públicas, caminho que o levou a ser escolhido para assumir o Ministério do Planejamento de Lula em 2005. Terá como desafios assumir o novo marco regulatório das comunicações e introduzir o Plano Nacional da Banda Larga.

* DEFESA - Nelson Jobim (PMDB) - Chegou ao comando da Defesa em 2007 em meio ao caos aéreo, após o acidente com um avião da TAM em São Paulo. No seu currículo, possui a marca de ter ocupado cargos de primeiro escalão nas três esferas de poder. Gaúcho de 64 anos, foi indicado ministro do Supremo Tribunal Federal em 1997 e presidiu a Corte entre 2004 e 2006. Já foi deputado federal pelo Rio Grande do Sul e comandou o Ministério da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso.

* DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - Afonso Florence (PT) - Sua indicação mantém a Democracia Socialista (DS), tendência do PT, à frente da pasta que cuida da reforma agrária, repetindo medida do governo Lula. Formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia, era secretário de Desenvolvimento Urbano da Bahia até este ano. Tem 60 anos e elegeu-se deputado federal neste ano.

* DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - Fernando Pimentel (PT) - Ex-prefeito de Belo Horizonte e militante contra a ditadura militar, é um dos fundadores do PT. Formado em Economia e mestre em Ciências Políticas, é amigo pessoal de Dilma Rousseff. Deixou a coordenação da campanha da petista após citação em escândalo. Saiu derrotado da eleição ao Senado em Minas. Tem 59 anos.

* DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Tereza Campello (PT) - É subchefe de articulação e monitoramento da Casa Civil, onde se dedica ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e atua desde agosto de 2004. É gaúcha, economista e foi secretária do governo do Rio Grande do Sul antes de atuar no governo de transição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002.

* EDUCAÇÃO - Fernando Haddad (PT) - Assumiu a pasta em 2005 e tem a confiança de Dilma. Foi mantido no posto mesmo após dois momentos críticos relacionados ao Enem. Paulistano, de 47 anos, liderou a expansão das universidades federais e o programa Prouni.


* ESPORTE - Orlando Silva (PCdoB) - Baiano de Salvador, chegou ao comando da pasta em 2006. Aos 39 anos, leva no currículo a realização dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, em 2007, e a conquista dos direitos para sediar a Copa do Mundo de 2014 no Brasil e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio.

* FAZENDA - Guido Mantega (PT) - Aos 61 anos, foi mantido no cargo que ocupa há cinco anos no governo Lula. Sob sua gestão, a economia brasileira cresceu de forma consistente em meio a críticas de pouco rigor com as contas públicas. O desempenho econômico favorável, que levou as taxas de desemprego a mínimas históricas, foi decisivo para garantir a eleição de Dilma Rousseff, mas não assegurou a Mantega a preferência de analistas do mercado financeiro.

* INTEGRAÇÃO NACIONAL - Fernando Bezerra Coelho (PSB) - Pernambucano de Petrolina, Bezerra, de 53 anos, atuava como secretário de Desenvolvimento de Pernambuco. Foi prefeito de sua cidade natal por três vezes. Elegeu-se também deputado estadual, em 1982, e deputado federal, quatro anos depois. Foi a principal indicação do PSB no governo Dilma.

* JUSTIÇA - José Eduardo Cardozo (PT) - Advogado paulistano de 51 anos, é secretário-geral do PT e foi coordenador da campanha eleitoral de Dilma. Atuou na primeira gestão da Prefeitura de São Paulo com a prefeita Luiza Erundina (1989-1992). Deputado federal por dois mandatos, desistiu de concorrer na última eleição.

* MEIO AMBIENTE - Izabella Teixeira - Brasiliense, é bióloga e funcionária de carreira do Ibama desde 1984. Tem mestrado em Planejamento Energético e doutorado em Planejamento Ambiental e se mantém à frente da pasta que assumiu em abril deste ano.

* MINAS E ENERGIA - Edison Lobão (PMDB) - Já ocupou a pasta no governo Lula. Reeleito para o Senado pelo Maranhão nas eleições de outubro, Lobão, de 74 anos, é ligado ao ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). Antes sem experiência em energia, conquistou a confiança da presidente eleita.

* PLANEJAMENTO - Miriam Belchior (PT) - Coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Lula, de 52 anos, foi secretária da prefeitura petista de Santo André e é viúva do ex-prefeito da cidade Celso Daniel. Levará para o Planejamento a gestão do PAC.

* PREVIDÊNCIA SOCIAL - Garibaldi Alves (PMDB-RN) - Aos 63 anos, foi eleito este ano para um terceiro mandato de senador. Com intensa carreira política, foi duas vezes governador do Rio Grande do Norte, prefeito de Natal e três vezes deputado estadual. Presidiu o Senado entre 2007 e 2009. É formado em direito e jornalista de profissão.

* RELAÇÕES EXTERIORES - Antonio Patriota - Ex-embaixador do Brasil em Washington, tem boas relações com autoridades norte-americanas. Patriota, de 56 anos, defende a ampliação da relação do Brasil com a África e a busca por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

* RELAÇÕES INSTITUCIONAIS - Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira (PT) - Deputado federal reeleito para um quarto mandato a partir de 2011, é presidente do PT-RJ e foi líder da bancada na Câmara entre 2007 e 2008. Ex-metalúrgico, trabalhou no estaleiro Verolme em Angra dos Reis e presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade em 1987. Em 1993, assumiu a prefeitura de Angra dos Reis (RJ). Tem 52 anos.

* SAÚDE - Alexandre Padilha (PT) - Médico infectologista graduado pela Unicamp com pós na USP, de 39 anos, é militante petista desde o movimento estudantil. Em 2009 assumiu a pasta das Relações Institucionais, responsável pela articulação política. Ainda quando ocupava a subchefia de Assuntos Federativos do Planalto acompanhava a então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff em reuniões da base aliada. Foi diretor da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

* TRABALHO - Carlos Lupi (PDT) - Representante do PDT no primeiro escalão, comandou a pasta no governo Lula a partir de 2007 e alavancou a geração de empregos. Usou os instrumentos que estavam ao seu alcance, como o conselho curador do FGTS e o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), para expandir o crédito durante a crise econômica mundial de 2008/2009.

* TRANSPORTES - Alfredo Nascimento (PR-AM) - Derrotado na disputa pelo governo do Amazonas neste ano, Nascimento já comandou a pasta nos dois mandatos do presidente Lula. Foi prefeito de Manaus e eleito senador em 2006.

* TURISMO - Pedro Novais (PMDB- MA) - Advogado, exerce seu sexto mandato como deputado federal. Tem 80 anos e elegeu-se pela primeira vez em 1983. Antes, foi deputado estadual, em 1979. Já integrou as comissões de Orçamento, Constituição e Justiça e Finanças e Tributação. Há duas denúncias contra ele publicadas na imprensa depois de sua indicação.

* SECRETARIA-GERAL - Gilberto Carvalho (PT) - Chefe de gabinete de Lula desde 2003, é amigo pessoal e homem de confiança do presidente. Paranaense nascido em 1951, é católico praticante ligado à Igreja Católica. Fará a ponte do governo com entidades da sociedade civil.

* SECRETARIAS: Moreira Franco (PMDB-RJ) (Assuntos Estratégicos); senadora Ideli Salvatti (PT-SC) (Pesca e Aquicultura); deputada Maria do Rosário (PT-RS) (Direitos Humanos); Luiza Helena Bairros (PT) (Igualdade Racial); Helena Chagas (Comunicação); Leônidas Cristino (PSB) (Portos), deputada Iriny Lopes (PT) (Políticas para as Mulheres)

* ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO (AGU) - Luís Inácio Lucena Adams, mantido; CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO (CGU) - Jorge Hage, mantido; GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL (GSI) - general José Elito Siqueira; CHEFE DE GABINETE - Giles Azevedo.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Valores invertidos

O homem/mulher que não teme a Deus pensa somente em si mesmo, vive na vaidade dos seus pensamentos e, apoiado na fé natural. Anda de acordo com os conceitos desse mundo, o seu coração está obscurecido de entendimento e ele(a) estará sujeito às leis espirituais malignas que regem esse mundo.

Alheio à vida com Deus, o seu comportamento é totalmente contrário ao caráter do Senhor Jesus, e a Sua Palavra é muito clara a respeito do assunto: “Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza. Mas não foi assim que aprendestes a Cristo” (Efésios 4.17-20).

Muitos vivem assim, nos dias de hoje, por não conhecerem a salvação eterna e não terem um encontro com Deus. Agora, situação pior é aquela vivida por aqueles que um dia tiveram um encontro com o Senhor Jesus e estão distantes d’Ele. Observemos o que é dito sobre os dons espirituais: “É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o filho de Deus e expondo-o à ignomínia” (Hebreus 6.4-6).

Nesta passagem, o apóstolo está chamando a atenção dos cristãos para que não vivam mais segundo os gentios, mas sim de acordo com os ensinamentos do Senhor Jesus.

Amigo leitor, se você realmente foi instruído segundo a verdade, tem que se despojar do velho homem/mulher. Precisamos ter uma vida limpa, de compaixão e de misericórdia.

Em Efésios 4.25-27 está escrito que não podemos viver igualmente como as pessoas que não conhecem a Deus, que sequer tiveram um encontro com Ele.

O que é mais importante na vida de um homem ou mulher do que a sua própria vida? A vida é mais importante do que pai, mãe, filhos, esposa, marido, etc. Preservando a vida, o homem/mulher passa a ter a eternidade.

Somente a partir dessa garantia é que poderá ajudar e muito os seus entes queridos. Muitas pessoas tentam salvar os seus familiares, obrigando-os a aceitarem a salvação. Nós não podemos agir dessa forma, mas, sim, darmos um exemplo cristalino de que a Luz está em nós, e eles, com certeza, vão querer seguir esse caminho.
Daniel, Jó e Noé foram homens especiais, e Deus fez referências a eles com um certo orgulho, pois eram homens segundo a Sua vontade. Nós temos que nos revestir desse caráter, e é isso que agrada a Deus. Somente assim seremos abençoados e aptos a receber o dom da fé sobrenatural.

“Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros. Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo.” (Efésios 4.25-27).

Estes são conselhos para que tenhamos um comportamento justo, reto, de acordo com Deus, embora muitos julguem que esses valores estão ultrapassados.

Hoje em dia os valores estão invertidos, aliás, os que têm a fé natural não valorizam a fé sobrenatural.

Temos que viver uma vida correta, que glorifique o nosso Senhor Jesus.

Deus abençoe a todos abundantemente.

Bispo Edir Macedo

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Novo investimento aumenta avaliação do Twitter para US$ 3,7 bilhões


RIO - Não espere um tweet sobre a abertura de capital do Twitter tão cedo. O site recebeu nesta quarta-feira um investimento de US$ 200 milhões que aumentou a avaliação da empresa para US$ 3,7 bilhões, menos de um ano após começar a buscar formas de gerar receita com seus serviços de comunicação online.

O dinheiro veio principalmente da Kleiner Perkins Caufield & Byers, uma das principais empresas de investimento do Vale do Silício. O analista Colin Gillis, da BGC Partners, estima que a receita anual do Twitter esteja em US$ 100 milhões e deve crescer.

O investimento vai ajudar o Twitter a se expandir, disse a empresa em um post no seu blog oficial. Com 175 milhões de usuários, o site está entre os serviços web que mais crescem no mundo, ao lado de potências como Facebook e Zynga.

O Facebook, maior rede social do mundo, está avaliado em mais de US$ 45 bilhões. Investidores acompanham essas empresas de perto, na esperança de um dia eles abrirem suas ações para o mercado.

Gillis acredita que a nova avaliação deixa mais distante a oferta pública do Twitter, pois a empresa vai precisar gerar mais receita para justificar o interesse dos investidores.

Mas Sandeep Aggarwal, da Caris & Co, vê o site de microblogging como candidato a entrar no mercado em 2011, especialmente se precisar de mais dinheiro para buscar novas oportunidades.

O Twitter também anunciou a chegada de dois novos membros a sua diretoria - Mike McCue, CEO da FlipBoard, e David Rosenblatt, CEO da DoubleClick. A medida surge dois meses após o cargo de presidente-executivo da empresa ter sido passado para Dick Costolo, arquiteto dos programas de publicidade do Twitter, num sinal de que gerar receita é uma prioridade.

Fonte: O globo


Olá.

Meu twitter é:

@jaquelina10

Será um prazer manter contatos com você através dessa REDE SOCIAL também.

Forte abraço.

Jaquelina Nascimento

Cassiane - A TUA PALAVRA

domingo, 12 de dezembro de 2010

Quem não fala perde a bênção


Por Jaquelina Nascimento

Deus criou a máquina humana com vários órgãos, porém há um que é pequeno, porém o cuidado tem que ser maior em relação aos outros, pois poderá trazer bênçãos ou maldições aos outros maiores, ou seja, a LÍNGUA.


“ Há um tempo determinado para tudo” na vida, “ Tempo de falar e de ficar calado”, tudo vai depender da força interna que existe em cada ser humano. É necessário ter perseverança e convicção do que se quer na vida através da ação.

Não permita que esse pedacinho de carne que está dentro de sua boca domine o resto de seu corpo, espírito, alma, coração e mente. Fale no momento certo as coisas que edifiquem as pessoas que estão ao seu redor e a si mesma, pois a palavra tem poder de salvar e destruir almas. Pense nisso. Você é responsável pelo que pensa e fala.

Para se ter bênçãos é só falar no momento exato através do Espírito Santo que conduz as palavras, freia o órgão pequeno e orienta sua mente, alma e espírito e ter comunhão com Deus que nos fortalece e direciona. Siga Jesus e fale o que Ele mandar para se ter a bênção certa no momento exato.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O HOMEM QUE DEU VOZ AO CAPITÃO NASCIMENTO


Bráulio Mantovani lança romance, fala sobre Tropa de Elite e a violência no Rio

Foi em meio aos recentes ataques no Rio de Janeiro que a discussão começou a pipocar: “Será que Tropa de Elite teve influência no apoio popular a essas operações?”. Bráulio Mantovani, roteirista dos dois longas de José Padilha, estrelados por Wagner Moura, não pensa exatamente assim: “Se fossem influenciados pelo filme, a reação seria contrária. Entretanto, não descarto essa possibilidade”.

Mantovani recebeu a coluna no escritório que divide com a mulher, a também roteirista Carolina Kotscho, no coração dos Jardins. A conversa se deu por causa do artigo Eu Não Sou o Capitão Nascimento, escrito por ele para a revista Dicta & Contradicta, que será lançada amanhã, no Teatro Eva Herz, com debate e participação do próprio e de Padilha. Na publicação, o roteirista revela como foi a criação de um dos personagens mais populares do Brasil e discorre sobre a confusão que o público faz entre o que o autor pensa e as ações do policial vivido por Wagner Moura: “Não acho que tortura seja uma maneira eficiente de se fazer uma investigação policial, mas o Nascimento acha”.

Por trás das falas truculentas do capitão do Bope está, de fato, um escritor que de agressivo não tem nada. Pelo contrário. Foi com um bate-papo afável, inteligente e fluido que ele falou sobre as polêmicas dos filmes, o roteiro no Brasil e a onda de violência que assolou a capital carioca: “O ser humano é violento. Se não controlarmos esse impulso, a gente se mata. A sociedade tinha que ser desarmada”, diz.

O escritor também comemora o lançamento de seu primeiro romance, Perácio-Relato Psicótico, mas deixa claro: “Esse para virar filme só se algum diretor conseguir juntar o Charlie Kaufman e o David Lynch. É esquisito pra caramba”. A seguir, trechos da entrevista.

Acredita que Tropa de Elite 2 teve influência no apoio popular às invasões de Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão?

É muito especulativo. Tenho acompanhado essa situação de longe, mas acho difícil que um filme possa ter impacto tão grande na vida das pessoas. Além do que, no Tropa 2, Nascimento diz que a polícia tem que acabar. Portanto, se fosse para seguir a influência do filme, a reação teria que ser contrária. Entretanto, não descarto essa possibilidade.

E, na sua visão, qual seria a razão desse grande apoio?

Acho que está relacionado com a expectativa de ter alguma ordem. A vida dessas pessoas é muito desordenada. Fica ao sabor dos traficantes ou das milícias. É um estado autoritário do pior: ajudam e castigam de maneira impiedosa.

Acredita que seja essa razão do público se identificar com o Capitão Nascimento? Por que ele é um personagem tão popular?

Acho que sim. Desejamos alguma ordem em meio a esse desamparo. O Nascimento é incorruptível, honesto, e que não perdoa. Pensamos: “Ufa! Um cara desses pode nos salvar”. Mas pode ser perigoso, Hitler se elegeu assim. E, claro, tem o carisma do Wagner Moura. Sem ele, provavelmente não teríamos mudado o protagonista do Tropa 1.

Como foi feita a mudança de narrador, de Matias para o Capitão Nascimento?

Não se faz isso. (risos) Mudar coisas da história na montagem é normal, mas não o protagonista. Se você notar, Nascimento aparece pouco no primeiro filme. A narração do Matias era diferente, crítica. Mas o filme não funcionou daquele jeito.

Na revista Dicta& Contradicta, você compara o Nascimento com Macbeth e Ricardo III. Pode explicar um pouco dessa ideia?

Isso é hiperbólico. Fomos muito criticados no Tropa 1, como se nosso pensamento fosse idêntico ao do Capitão Nascimento. E, ora, não se pode confundir autor e personagem. Eu acho que a tortura não é a maneira mais eficiente de fazer investigação policial, mas o Nascimento sim. Há obras em que personagens têm mais características de vilão do que de um herói, e nem por isso deixam de ser interessantes. Macbeth e Ricardo III são dois exemplos disso.

E qual é a razão de o filme incomodar tanto?

Existe uma patrulha ideológica com o cinema que trata de questões sociais. Como se esses filmes tivessem que ser uma tese. Isso não é cinema. Nossa pretensão é bem mais modesta: contar uma história. Cobraram do Tropa de Elite compromissos de um documentário. Como se tivéssemos de analisar profundamente todos os aspectos do problema. Na verdade, todo filme é um recorte da realidade. Não generalizamos, não afirmamos que todas as ONGs que atuam em favelas são como a do filme. Nem que o problema da violência existe porque as pessoas consomem drogas.

De novo acontece a confusão entre autor e narrador.

Sim. Do ponto de vista de um cara como Nascimento é isso: o problema existe também porque as pessoas consomem drogas. Eu não concordo com isso e e tampouco esse é o tema do filme. A história é sobre a policia. Filme que quer dizer tudo, não diz nada. Há que escolher um tema central e hierarquizar os outros. Desse modo, existe uma composição dramatúrgica coerente e o filme funciona.

Mas você acha que a descriminalização das drogas ajudaria a acabar com a violência no Rio?

Não. Ajudaria a diminuir a violência associada ao tráfico de drogas. Enquanto os traficantes possuírem armas e o Estado estiver ausente, as comunidade ficarão a mercê do descontrole social. E aí é como a lei do mais forte. O que melhoraria com a descriminalização das drogas seria cortar a entrada de crianças no crime. Eles começam com nove, com 18 estão no auge e morrem com 25.

E a proibição das armas?

Para mim a sociedade tem de ser desarmada. O ser humano é violento. Se não controlarmos esse nosso impulso, a gente se mata. Fiscalizar as armas seria uma possibilidade de solução.

Você disse que acha Tropa de Elite 2 muito melhor do que o primeiro. Em que sentido?

Em todos. O primeiro foi um filme feito com um remendo. Sou meio frustrado porque trabalhamos o protagonista somente na montagem, não no roteiro. No Tropa 1, Nascimento não tem uma curva dramática, ele é igual durante o filme todo. Quem tem uma transformação importante é o Matias. Já no Tropa 2, pudemos ir a fundo no personagem. Isso resultou num roteiro mais complexo, dramático e menos descritivo.

Há material para um Tropa 3?

Tem coisa para uma série de cinco temporadas. (risos) A questão é outra: o Capitão Nascimento, como personagem, tem mais história? Não sei lhe dizer. Minha sensação é de que não, mas isso pode mudar. Nunca sentamos para falar seriamente sobre um Tropa 3, mas fizemos muitas piadas durante o segundo. Tive uma ideia que deixou os olhos do Wagner brilhando. Era fazer o Tropa 3 como X-Men Origens: contando a formação do Bope e como Nascimento entrou lá. Eu falei como piada, mas é uma possibilidade. (risos)

Muita coisa ficou de fora dos dois filmes?

O maior trabalho no roteiro de ambos foi escolher o que não colocar. No Tropa 2, por exemplo, acabou caindo uma história do policial do Bope que se vestia de Shrek em festinha de criança. A cena era Nascimento na casa do Matias toda detonada pelas milícias. Ele falava: “E aí parceiro, vai falar ou vai pro saco? ” e encontrava provas contra as milícias na fantasia. (risos) Mas acabou não cabendo no filme.

Acredita que o roteiro está sendo mais valorizado no Brasil?

Sem dúvida. Com as leis de incentivo e o trabalho muito sério da Ancine, um bom roteiro começou a ser necessário. Nunca achei que eu pudesse viver de escrever longas. Eu desenvolvia projetos, mas era uma coisa diletante. Entretanto, é impossível sobreviver de diletantismo. Hoje vivo exclusivamente de longas. E não sou o único. O que prova que virou uma profissão de verdade. A tendência, na minha visão, é melhorar muito.

Você acabou de lançar seu primeiro romance. Desde quando surgiu essa vontade?

Desde sempre. Decidi ser escritor aos 13 anos. As pessoas gostam do que eu escrevo. Sempre fui péssimo em futebol, mas com boa imaginação. (risos) Escrever um romance já estava na minha cabeça, mas sou muito focado e acabei me envolvendo com outros projetos, só sendo possível publicar agora.

Seu livro poderá virar filme?

Só se algum diretor conseguir juntar o Charlie Kaufman e o David Lynch. É esquisito pra caramba. (risos)

Fonte: Direto da Fonte-MARILIA NEUSTEIN

domingo, 5 de dezembro de 2010

A diferença entre o sonho e a realização


Por Jaquelina Nascimento

A diferença consiste em agir
Contra os princípios mundanos
Conhecer para transformar ou
Transformar para conhecer?
Sonhar para realizar ou
Realizar para sonhar

Alguém já parou para pensar
A diferença que há entre sonhar e
Realizar?
Sonde a vontade de Deus
Realize um mundo melhor

Seja feliz, realize e sonhe a cada dia..