quinta-feira, 25 de junho de 2020

A utilização de animais nas pesquisas cientificas e instituições de ensino: Ato cruel

Dra Jaquelina Nascimento

Por Jaquelina Nascimento


Desde os tempos remotos a ciência sempre quis sobressair aos princípios cristãos, ou seja, ao que Jesus Cristo prioriza que é a Salvação da Vida, sendo um dos mandamentos da Lei de Deus: Não Matarás.

Como pode querer priorizar uma vida através da eliminação de outra a exemplo de animais que são sacrificados muitas vezes de maneira lenta e altamente cruel em nome da ciência.

Sou totalmente contra esse tipo de atitude por parte até mesmo de instituições de ensino a exemplo de faculdades da área de saúde que faz testes e experimentos em vários tipos de seres viventes, ou seja, nos animais.

A legislação atualmente em vigor que regulamenta o uso de animais em pesquisa científica no Brasil é a Lei 11.794, de 2008, conhecida como Lei Arouca. Ela tramitou por 13 anos no Congresso, tendo sido sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu nome é uma homenagem ao médico sanitarista e ex-presidente da Fiocruz Sergio Arouca, autor do projeto de lei. Houve nas últimas décadas uma forte mobilização de setores da sociedade e de movimentos em defesa dos animais, no sentido de restringir esse tipo de experimentação.

No Rio de Janeiro, em 2005, um vereador chegou a propor um projeto de lei que impedia o uso de animais em testes, o que tornaria sem valor os resultados obtidos por meio dessas pesquisas. A Lei Arouca criou o Conselho Nacional de Experimentação Animal (Concea), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O Concea tem como competência expedir e fazer cumprir normas relativas à utilização de animais com finalidade de ensino e pesquisa científica, credenciar instituições brasileiras para esses fins, monitorar e avaliar a introdução de técnicas alternativas que substituam o uso de animais em ensino e pesquisa.

A experimentação animal, sobretudo voltada a pesquisas científicas, deve ser necessariamente banida, mesmo com o avanço obtido no conhecimento de fisiologia, farmacologia e patologia.

A legislação brasileira tem avançado, embora lentamente, quanto à preocupação de regulamentar a utilização de animais em práticas didáticas ou científicas, e certamente a Lei Arouca pode ser considerada parte desse avanço. Na verdade, a vigência da atual legislação para criação e utilização de animais voltadas a ensino e pesquisa impõe limites à prática, levando em consideração, o máximo possível, a proteção dos animais, visto que preconiza o planejamento do experimento a fim de se utilizar o menor número possível de animais e evitar estresse, dor ou sofrimento desnecessários.

Até quando vai haver morte em massa de animais em prol de uma questão científica? Até que ponto vai a crueldade humana em exterminar um animal? Só quem pode tirar o sopro de vida é quem o deu , ou seja, Deus e ninguém mais.

Que esse ato cruel em se utilizar animais nas pesquisas cientificas e instituições de ensino seja analisado e que surjam mais leis de proteção aos mesmos.

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