quarta-feira, 10 de junho de 2015

Risco de leucemia é menor para crianças que foram amamentadas

Um novo estudo sugere que crianças que foram amamentadas quando bebês correm menos risco de desenvolver leucemia infantil. A leucemia é uma das principais causas de morte entre crianças e adolescentes. Os cientistas suspeitavam há bastante tempo que o aleitamento pudesse exercer um efeito protetor sobre a leucemia, pois o leite materno possui muitos anticorpos e componentes que fortalecem o sistema imunológico.

 No novo estudo, publicado no periódico JAMA Pediatrics, os cientistas descobriram que o risco de desenvolver a doença diminuiu 19 por cento para as crianças que tinham sido amamentadas por pelo menos seis meses em comparação com as que não foram amamentadas ou que receberam o aleitamento durante período de tempo inferior.

Os pesquisadores demonstraram apenas uma associação e não uma relação de causa e efeito e são necessários mais estudos para confirmar essa associação e explicar os mecanismos biológicos envolvidos. A pesquisa teve como base os dados de 18 estudos que contaram com a participação de aproximadamente 28 mil crianças e cerca de dez mil desenvolveram a doença.

A Academia Americana de Pediatria recomenda que os recém-nascidos sejam alimentados apenas com leite materno durante pelo menos seis meses e explica que a substância diminui o risco de infecções, alergias e de incidências de síndrome da morte súbita infantil, entre outras doenças.
  
"São muitas as pesquisas que confirmam os benefícios para a saúde do leite materno. Ele contém anticorpos, células natural killer (NK) e todo o tipo de substância ativa e organismos que não podem ser produzidos industrialmente", afirmou Efrat L. Amitay, principal autor do estudo da Faculdade de Saúde Publica da Universidade de Haifa, em Israel.

The New York Times


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