quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Jornada excessiva

De acordo com o estudo da OIT, 15,3 milhões de jovens, o equivalente a 83,6% dos ocupados, têm jornada de trabalho acima de 20 horas semanais. Para 5,7 milhões deles, a carga de trabalho supera as 44 horas semanais estabelecidas legalmente. O impacto dessa jornada excessiva sobre a frequência escolar é forte. Entre os jovens ocupados, apenas 34,8% frequentam a escola. Entre os que estão fora da (População Economicamente Ativa (PEA), ou seja, não trabalham , 65,4% deles estão na escola. A OIT reconhece avanços importantes no perfil educacional da juventude brasileira nos últimos anos, mas ainda destaca a persistência de desigualdades expressivas no acesso à educação. “Ainda há uma parcela relevante dos jovens com baixa escolaridade, fora da escola ou com defasagem escolar”, observa Laís. No geral, os jovens têm escolaridade acima dos adultos. O percentual com nove a 11 anos de estudo chega a 44,2%, enquanto que o de adultos com esse nível de escolaridade não passa de 24%. A diferença entre eles começa a aparecer quando se faz, por exemplo, a separação entre brancos e negros. O percentual de negros com até quatro anos de estudo é de 16,2%, mais do que o dobro do dos jovens brancos, cujo percentual é de 7,2%. Com 12 ou mais anos de estudo, a situação é inversa. Enquanto 13,3% dos jovens brancos têm esse tempo de escolaridade, o de negros é de 3,7%.(VC)

Fonte: Correio Braziliense

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