Por Jaquelina Nascimento
São cerca de 5 milhões de hectares de cana-de-açúcar plantados no Brasil sendo 75% no Estado de São Paulo. 80% da área total cultivada é queimada nos seis meses de pré-colheita, o que equivale a, aproximadamente, 4 milhões de hectares. São enviadas para a atmosfera com a queima de toda essa biomassa por longo período, inúmeras partículas e gases poluentes, que influem direta e indiretamente na saúde de praticamente todos os habitantes do interior do Estado de São Paulo.
As partículas suspensas na atmosfera, especialmente as finas e ultrafinas, penetram no sistema respiratório provocando reações alérgicas e inflamatórias de acordo com diversos estudos realizados por pneumologistas, biólogos e físicos. Os poluentes vão até a corrente sangüínea, causando complicações em diversos órgãos do organismo.
Para facilitar e agilizar a colheita a queima da cana é realizada. O uso de máquinas coletoras é uma alternativa considerável sendo que em áreas com declive maior de 12% ou muito pequenas, porém, é impossível a utilização desta máquina.
O corte manual por sua vez é possível sem as queimadas, mas os próprios cortadores, que recebem por produtividade, preferem cortar a cana já queimada, pois o trabalho fica mais veloz. O álcool tem excelente valorização na economia nacional e mundial, com comercialização com o Japão e possibilidades de exportação para a Alemanha e o Brasil é o maior exportador de açúcar do mundo.
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